Bem, chegamos ao fim da série
“Influências Católicas, Místicas e Pagãs no Protestantismo”, e precisamos fazer
algumas considerações gerais sobre tudo que foi dito. Qual a importância de
sabermos sobre essas influências e o que isso significa?
Nossa sociedade está vivendo um
período de transição de conceitos chamado pela maioria dos pensadores atuais de
pós-modernidade, ou modernidade líquida. Este período é marcado pela
desconstrução de ideias da modernidade, pessoas de consciência mais tolerante,
menos extremistas, e mais plurais. Algo que é bom para a sociedade hoje. Porém,
a igreja tem passado por mudanças também; e todas essas influências na igreja
de hoje são um pouco do retrato da “igreja pós-moderna”. Uma igreja cujas
influências são menos bíblicas e cada vez mais humanistas. O reflexo disso
vemos na decadência dos púlpitos de hoje, na inconsistência das letras das
nossas músicas, e na falta de preparo teológico dos membros de nossas igrejas -
não é por menos que os críticos afirmam que nossa fé não é racional, além do
liberalismo teológico.
Chegamos num tempo em que a bíblia
tem que ser renovada, que ser fundamentalista é sinônimo de ser careta – é
lamentável que cristãos da atualidade pensem assim. Não quero criticar os usos
e costumes de nenhuma igreja. Mas é necessário primeiro que tenhamos
consciência daquilo que praticamos para que isso não nos seja por tropeço (Rm
14.22) e para que não sejamos influenciados pelas vã filosofias. Segundo para
que voltemos à viver guiados somente pela bíblia (II Tm 3.16-17) e aprender a
ter uma visão crítica para aquilo que não é amparado por ela. Pois estamos
vivendo os tempos previstos por Paulo em II Tm 4.3:
“Porque virá o tempo
em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo coceira nos ouvidos,
cercar-se-ão de mestres, segundo as suas próprias cobiças;”
Posteriormente farei um post mais
detalhado sobre essa relação igreja x pós-modernidade, que é de grande
importância para nós hoje a compreensão disso. Pois nos ajuda a entender como o
homem do séc. XXI se vê e como isso afeta a igreja.
Para encerrar acho que nenhuma
palavra seria mais apropriada para esta conclusão do que as de Paulo em Gl
1.8-9 para refletirmos sobre no que tem se transformado a igreja hoje e qual o
senso crítico devemos ter dos nossos costumes:
“Mas ainda que nós ou um anjo do céu pregue um
evangelho diferente daquele que lhes pregamos, que seja amaldiçoado! Como já
dissemos, agora repito: Se alguém lhes anuncia um evangelho diferente daquele
que já receberam, que seja amaldiçoado!”
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