13 E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos; 14 tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu- o do meio de nós, encravando-o na cruz; (Cl 2.13-14)
O trecho dos vv. 13-14 está dentro de um parágrafo maior que
vai do v. 11 ao v. 15, no qual Paulo lista alguns dos benefícios da obra
redentora de Cristo pela Igreja. De uma forma geral, a mensagem de Paulo nestes
dois versículos é: Cristo deu vida e perdão aos pecadores. Mas (por esta
questão ter saltado aos meus olhos de forma especial), ao final, quero focar
esta análise na compreensão da importância do perdão para a obra de salvação
dos crentes.
O texto inicia identificando os “beneficiários” da obra de Cristo e sua condição antes do “benefício”. “E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne...”. Mortos e incircuncisos da carne, com essas palavras Paulo descreve o estado espiritual e moral dos crentes antes de Cristo. Eram completamente opostos e distantes de Deus. Inconscientes do que é e de quem é a vida, completamente alheios à pessoa de Cristo e à moral cristã.
O texto inicia identificando os “beneficiários” da obra de Cristo e sua condição antes do “benefício”. “E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne...”. Mortos e incircuncisos da carne, com essas palavras Paulo descreve o estado espiritual e moral dos crentes antes de Cristo. Eram completamente opostos e distantes de Deus. Inconscientes do que é e de quem é a vida, completamente alheios à pessoa de Cristo e à moral cristã.
A obra maior de Cristo foi ter dado vida aos mortos. “...vos deu vida juntamente com ele [Cristo], perdoando todos os nossos delitos”. E é interessante como essa nova vida é dependente de Cristo e centralizada nEle; Paulo diz que a temos “juntamente” com Cristo. É uma co-vida. Outro benefício é o perdão dos pecados, não só de alguns, mas de todos eles. Essa ideia é reforçada pela declaração: “tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós”. Esse trecho mostra ainda que outro benefício foi o esquecimento da dívida. No primeiro século quando alguém devia algo a outro alguém escrevia de próprio punho uma carta assumindo sua dívida e a entregava ao seu credor. Esse escrito de dívida em que assumimos nossos pecados e o penhor do mesmo (a vida) é a lei de Deus. “...e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial”. Paulo declarou isso claramente em Rm 7.5-7. Mais uma vez a ideia do perdão é reforçada ao final do v. 14 e é acrescentado o conceito de abolição/revogação da dívida do pecado: “removeu- o do meio de nós, encravando-o na cruz”. Quando uma lei deixava de ter validade seu escrito era pregado num poste para que todas as pessoas pudessem ver e saber. Por fim, nesta última frase o sentido é de que Cristo fez isso morrendo. A imagem é remover algo de entre os vivos pela morte.
Paulo traça nestes dois versículos (vv. 13-14) um belo contraste entre o poço de pecado sem fim no qual os crentes viviam antes da cruz e a reviravolta em sair da morte para a vida juntamente com Cristo. E não está explícito no texto, mas parece haver uma indicação de que esta nova vida com Cristo é recebida através do perdão. Além de, como já vimos, várias imagens e verbos retomarem e reforçarem esta ideia: (1) perdoou; (2) tendo cancelado; (3) removeu e (4) encravando. O perdão dos pecados é a condição essencial sem a qual os crentes não receberiam a vida.
Foi através do perdão que Cristo deu Vida aos que estavam mortos no pecado. O perdão de Cristo foi total, ao ponto de ser esquecida e revogada toda e qualquer dívida de pecado que havia contra o homem, tornando o homem justificado diante de Deus. A cruz é o sinal desse perdão. Que grande obra a da redenção!
Shalom;
Maykon Renner.
Ótimo post e perfeito esclarecimento. O Eterno te dê de sua sabedoria sempre.
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